Plenário da Câmara encerra votação do ISS e rejeita os destaques; PLP 461/17 segue para Senado

plenario_Camara_Luis_Macedo_Ag_CamaraImportante avanço foi alcançado nesta terça-feira, 17 de dezembro, na Câmara dos Deputados, referente à redistribuição do Imposto Sobre Serviços (ISS). Os destaques ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 461/17, que poderiam modificar o texto do relator deputado Herculano Passos (MDB-SP) – elaborado com apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM) –, foram rejeitados. Assim, segue para o Senado Federal o parecer original.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, acompanhou a votação e agradece a articulação dos gestores com a bancada municipalista. “Desde 2013 lutamos pela redistribuição do ISS. Enfim, depois de anos, poderemos ter justiça tributária. São mais de R$ 6 bilhões a serem redistribuídos entre os Municípios. Hoje 63% do dinheiro está concentrado em 35 cidades”, justificou.

Herculano Passos, que também preside a Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios Brasileiros (FMB), fez pronunciamento em defesa do relatório e rejeição dos destaques. Ele comemorou acordo com o PSL e demais líderes e fez um apelo ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) – que acompanhou a sessão –, para apreciação célere na Casa. “Um dinheiro novo que vai entrar no cofre das prefeituras. No ano seguinte à aprovação, 33,5% desses impostos estarão lá [nas cidades onde o serviço é prestado]. Parabéns à CNM e aos Municípios brasileiros”.

Entenda
O PLP cria uma transição para transferência do recebimento do ISS da cidade sede da empresa para onde o serviço é efetivamente prestado. As novas regras valem para os serviços que tiveram questionamentos apresentados no Supremo Tribunal Federal (STF), que suspenderam os efeitos da Lei Complementar 157/2016: planos de saúde; planos médico-veterinários; administração de fundos, consórcios, cartões de crédito e débito, carteiras de clientes e cheques pré-datados; e serviços de arrendamento mercantil, o chamado leasing.

A transição ocorrerá da seguinte forma:

– Até o fim de 2020, 66,5% do ISS nesses serviços ficarão com o Município sede e 33,5% com o Município do domicílio do tomador do serviço;

– Em 2021, será o inverso: 33,5% ficarão com o Município sede da empresa e 66,5% com o Município do tomador do serviço;

– Em 2022, 15% ficarão com o Município sede da empresa e 85% com o do tomador do serviço;

– E, a partir de 2023, 100% do ISS ficará com o Município do tomador, ou seja, onde o serviço efetivamente é prestado.

Em meio a uma sessão tumultuada, vários parlamentares e lideranças reconheceram o mérito da proposta. Entre eles, Hildo Rocha (MDB-MA), Pedro Uczai (PT-SC), JHC (PSB-AL), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA). “Estou muito preocupado com a luta dos prefeitos desse país. É um momento histórico, parabéns à comissão especial, ao relator, que incluiu nossa emenda para dar aos Municípios justiça tributária. Não se cria imposto nesse projeto, mas sim redistribui”, observou Uczai.

A CNM vai continuar articulando para que o PLP avance no Senado e as regras passem a valer ainda em 2020.
Da Agência CNM de Notícias com informações da Agência Câmara
Foto: Luis Macedo/Ag. CNM

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