Interiorização + Humana: ação de acolhimento da CNM ganha destaque em jornal da TV Globo

reportagem-tvglobo“Aqui estou aprendendo muito. Tenho um grupo de companheiros excelente”. A afirmação foi feita pela colaboradora venezuelana da área internacional da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Marvelis Farias, sobre o trabalho realizado na entidade. Ela e Yuly Teran – que também atua na entidade, na área de Desenvolvimento Social – concederam entrevista ao jornal DFTV, da Rede Globo, e falaram das dificuldades enfrentadas na Venezuela. A reportagem foi veiculada nesta quinta-feira, 17 de maio.

As colaboradoras também ressaltaram que o trabalho permite que elas possam ajudar a família, que permanece na Venezuela. “A falta de comida, a falta de medicamento, a falta de oportunidade, a falta de melhor qualidade de vida de todas as pessoas da Venezuela. O salário mínimo não dá para manter seus filhos, não dá para comer, para ficar bem”, lamentou Marvelis.

Foi apresentado o número de pessoas venezuelanas que conseguiram emprego com carteira assinada no Distrito Federal – totalizando quase 80 em um período de um ano, especialmente em hotéis, mercados e restaurantes. Hoje, pelo menos 285 venezuelanos estão refugiados no DF. A matéria ressaltou que muitas pessoas com capacitação estão em busca dessa oportunidade, como foi o caso de Yuly Teran – que era servidora do Tribunal Superior de Justiça em seu país e passou a integrar o quadro da Confederação há cerca de dois meses. “Quando recebi essa notícia, foi o dia mais feliz da minha vida”, afirmou.

Também entrevistada, a assessora nacional de Migração e Refugiados da Cáritas, Hildete Emanuele, lembrou que a ONG oferece lar temporário e ajuda as pessoas a se restabelecerem. “A gente faz o currículo dessas pessoas, faz um banco de dados, com o perfil, qual a área de atuação, a área que eles desejam trabalhar, e o contato também com os possíveis empregadores. Muitas vezes as empresas ficam com dúvidas em relação aos direitos. Perguntam se pode contratar. Se os documentos são válidos. Então, a gente também esclarece essas questões jurídicas e faz essa ponte”, orientou.

Desafios para chegar ao Brasil
O drama de quem precisou enfrentar dias para chegar à fronteira do Brasil foi destacado na matéria também. A pé ou em meios de transporte clandestino, muitos venezuelanos passaram por uma peregrinação para sair da Venezuela. Esse foi o caso de outro personagem apresentado pelo DFTV, que ficou “dois dias na selva, dormiu na rua e pediu esmola para sobreviver. Ele é formado em administração de empresas. Aqui trabalha com o que gosta e está feliz da vida”, afirmou a reportagem.

Campanha
Diante desse cenário, a CNM lançou a campanha Interiorização + Humana. A ideia é sensibilizar e orientar os gestores Municípios e a população em relação ao que é possível fazer. Foram mostrados diversos casos de prefeituras que já acolheram grupos de venezuelanos e apontaram como a iniciativa impactou positivamente o Município. “É uma questão de humanidade nos mobilizarmos para não dar as costas, mas sim acolher essas pessoas. São famílias que precisam apenas de uma chance para recomeçar e elas também contribuem para o desenvolvimento do Município. A nossa missão é melhorar o Brasil, e isso passa pela vida das pessoas, incluindo os migrantes”, explica o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Fonte: https://www.cnm.org.br

Voltar
topo